Odisseia

«Mas está oculto no seio dos deuses se voltará ou não, para se vingar deles na sua casa.» (Homero)

  • Artigos Recentes

  • Arquivos

  • Comentários Recentes

    hdocoutto em Para acabar de vez com o mito…
    Fernandes em Para acabar de vez com o mito…
    Rui tojal em Para acabar de vez com o mito…
    afmsjksua@gmail.com em Dostoievski sobre os jude…
    Aalborgsteamcarwash.… em “Imigrante ambiental…
  • Blog Stats

    • 81.122 hits

Os traidores sempre à espreita

Posted by atrida em Sexta-feira, Julho 31, 2009

Era de esperar: após os breves arremedos de orgulho pátrio decorrentes da beatificação de D. Nuno Álvares Pereira, a ofensiva ibérica retoma o seu fulgor.

Coincidindo com a visita dos reis de Espanha ao território nacional (terão ido às Selvagens?), surge mais uma pseudo-sondagem, em que foram ouvidos 363 portugueses, 40% dos quais se teriam manifestado favoráveis a uma união ibérica. Ou seja, 145 pessoas. Logo as manchetes dos jornais e as notícias das televisões mencionaram 40% dos portugueses, ou seja, não 145 indivíduos mas 4 milhões os favoráveis à morte de Portugal enquanto nação independente!

Não vale a pena discorrer muito sobre esta desonestidade levada a cabo por verdadeiros traidores e indivíduos indignos do país que os viu nascer. Vale certamente reflectir sobre o que é que leva pessoas aparentemente opostas como Saramago (a erva daninha) e Ricardo Espírito Santo a defender aquilo a que até Cavaco Silva chamou “um absurdo” (disse-o, é verdade, em voz baixa, num tom lento, quase hesitante).

Se a nossa independência de 900 anos é, como dizia Franco Nogueira, um milagre, também tem balançado ao longo da história entre os seus defensores intransigentes e miseráveis elites, sempre deslumbradas por o que não é nacional e sempre prontas a embarcar o país nas suas derivas ibéricas e internacionalistas.

17 Respostas to “Os traidores sempre à espreita”

  1. […] Nada acontece por acaso Arquivar em: Portugal — O. Braga @ 6:31 pm Tags: iberismo, Portugal O acaso não existe. […]

  2. Traidores, desertores e muito mais.

  3. Diogo said

    Caro Atrida, não vejo mal nenhum na construção de uma Iberia. Não vejo o que me separa de um espanhol. E você? Donde lhe vem todo esse patriotismo?

    Eu considero-me um pessoa decente. Terei mais afinidades com um espanhol, um francês, um inglês ou um alemão decente ou com um filho da mãe português?

    Afinal o que é que nos liga?

  4. pvnamII said

    Abram os olhos!!!
    Estão a levantar falsas questões!!!

    De facto:
    ‘COISAS’ PRESTES A SEREM DESMANTELADAS…

    —> Kosovo… uma pergunta para os Sérvios (e não só): vocês não têm vergonha de ser tão parvos?
    -> É óbvio que ao perderem o controlo demográfico (ficando à mercê de alienígenas)… a ‘coisa’ iria ser (mais tarde ou mais cedo) desmantelada…

    —> O Daniel Oliveira tem toda a razão quando disse: “…imigrantes… que venham muitos e façam disto um país.”

    —> De facto, um sítio aonde não se procede à renovação demográfica – leia-se uma SOCIEDADE SUSTENTÁVEL – não é um país… é (está condenado a ser -> mais tarde ou mais cedo,) UMA ‘COISA’ PRESTES A SER DESMANTELADA.

    CONCLUINDO: Portugal, Espanha, etc, estão a agonizar…

  5. atrida said

    Diogo, se você quer ser espanhol isso é problema seu. A Ibéria é um sonho de Madrid que não morreu e que hoje está reforçado pela globalização, que é a arma principal de quem quer escravizar os povos, mergulhando-os numa unidade política e económica. Estude a história e compreenda que a Nação é o quadro ideal para os povos exercerem a sua liberdade.

  6. Diogo said

    A Ibéria já tem muitos anos. A antiga Espanha englobava todas as regiões da península e os portugueses até ficavam irritados quando os espanhóis se apoderavam do nome Espanha.

    A globalização nada tem a ver com isto. A Ibéria é muito mais antiga. Só não se concretizou porque os ingleses sempre quiserem ter aqui um pé. Até Nuno Álvares Pereira foi apoiado por tropas inglesas em Aljubarrota.

    Quanto às nações, há muito que foram tomadas pelos banqueiros.

  7. Não devemos perder tempo com traidores.
    O gajo que vá morar para Espanha, que lá já se pode casar.

  8. pvnamII said

    … globalização, que é a arma principal de quem quer escravizar os povos…

    —> Vá lá… façam um esforço… deixem de ser infantis!
    —> De facto, andar por aí a barafustar que os outros são muito (pouco) mauzões, muito (pouco) hipócritas… é uma ATITUDE INFANTIL!

    —> RESUMINDO: Lutem pela sobrevivência… e acabou a conversa!

  9. Radio28 said

    Rádio28

    Episódio #6 no ar! Homenagem a Rudolf Hess!

    Ouve-nos em:

    http://www.youtube.com/28radio

  10. Diogo said

    Vítor Ramalho,

    Supondo que esse tipo de conversa fazia algum sentido, quem eram os maiores traidores? Os que se juntaram a Castela ou a Inglaterra? Porque é que a Inglaterra sempre cá teve uma pata?

    Quanto a casamentos, ser-me-ia indiferente casar com uma portuguesa ou com uma espanhola (embora preferisse uma dinamarquesa ou sueca). Para mal dos meus pecados sou casado há uma data de anos com uma portuguesa (de quem gosto, por acaso).

  11. Todos são traidores.
    Mas sobretudo aqueles que nos querem vender a Espanha ou a qualquer outro país.

  12. Caro Atrida, apenas para lembrar que o sonho da União Ibérica não foi exclusivo dos espanhóis. Devemos recordar que D. Afonso V, D. João II e mesmo D. Manuel I desejaram a União Ibérica, ficando essa, claro, sob égide lusa.

    Ainda que não seja partidário da UI, creio que não nos devemos apoquentar com gentalha que não vê mais nada senão os cifrões do deus dinheiro, sem no entanto vestirmos a pele dos coitadinhos receosos do papão castelhano.

    Saudações.

  13. Caro Atrida

    ”a Espanha não respeita Portugal e no fundo só deseja a sua humilhação ou anexação”, Dentro do respeito mútuo, pensam muitos. Mas, depois deste evento, muitos ficarão a pensar se ”mútuo” não será uma ironia…

    É uma ironiam, pois Não há amizade mútua nem respeito mútuo – a não ser em indivíduos isolados, claro está.

    ”a Espanha não respeita Portugal e no fundo só deseja a sua humilhação ou anexação”, – É A PURA VERDADE – quer queiram, quer não.

    E portanto, a anexação de nada servirá aos portugueses. Para os espanhóis, a Ibéria NÃO inclui Portugal, não estão minimamente interessados. A Ibéria é = a Espanha.

    Se eles querem o nosso bem, porque não nos ajudam? Porque não formarmos uma aliança?

    O acontecimento de Olivença demonstra a realidade. Sinceramente, para eles será tão natural, que nem estão conscientes de não ter sido um acto menos esperto politicamente.

    A União Ibérica é UM ERRO CRASSO, que não traz nenhuma das vantagens que os portugueses pensam.

    Quanto a Inglaterra, estou de acordo com o Diogo. Também exploraram Portugal até à medula e ainda não descobriram que temos uma cultura, e, mesmo explorando-nos, nunca aprenderam a nossa Língua , passados tantos séculos…sabem porquê?
    Porque a nossa Língua é superior, demasiado difícil para eles. É por isso que se fala inglês, hoje em dia.

    Esses não estão do nosso lado. Ninguém está do nosso lado.

    Temos que ser nós a formar uma Aliança completamente diferente, para poder vencer os males da globalização, e o fim da civilização.

  14. atrida said

    Terpsichore, no mundo das relações internacionais não há amizades, apenas interesses. E é evidente que a Inglaterra desempenhou um papel fundamental na nossa resistência aos apetites espanhóis. Claro que o fez por interesse e as contrapartidas foram muitas vezes penalizadoras para Portugal. Foi o preço a pagar pela resistência ao rolo compressor castelhano.
    Quando ao que diz sobre a nossa língua e a língua inglesa só o posso entender como blague: a língua de Shakespeare é evidentemente uma das mais cultas e evoluídas do mundo. O que se fala pelo mundo é aquilo a que os ingleses chamam “inglês estrangeiro”, com um vocabulário muito limitado, sem riqueza de expressão e cujo âmbito pouco parece fugir do linguajar económico e das letras da música pop.

  15. Meu caro Atrida
    Agradeço a sua resposta com a devida vénia.

    “Marquês de Pombal a Lord Chatham, em 1759: “(…) eu sei que o vosso gabinete tem tomado um império sobre o nosso, mas sei também que já é tempo de acabar…”

    Ainda não acabou. E sobre os ingleses…

    ““Que transformação fecunda fez a Inglaterra à Índia? A transformação da poesia, da imaginação, do sol, numa coisa chata, trivial e cheia de carvão. Eu estive na Índia, meus senhores. Sabem o que fizeram os transformadores ingleses? A tradução da Índia, poema misterioso, na prosa mercantil do Morning Post. Na sombra dos pagodes põem fardos de pimenta; tratam a grande raça índia, mãe do ideal, como cães irlandeses; fazem navegar no divino Ganges paquetes a três xelins por cabeça; fazem beber às bayaderas, pale ale, e ensinam-lhes o jogo do cricket; abrem squares a gás na floresta sagrada; e, sobre tudo isto, meus senhores, destronam antigos reis, misteriosos, e quase de marfim, e substituem-nos por sujeitos de suíças, crivados de dívidas, rubros de porter, que quando não vão ser forçados em Botany-Bay, vão ser governadores da Índia! E quem faz tudo isto? Uma ilha feita metade de gelo e metade de rosbeef habitada por piratas de colarinhos altos, odres de cerveja!”.

    http://paramimtantofaz.blogspot.com/2009/01/dizer-o-mesmo-aos-ingleses.html

    😉

    Espero que não saiba apreciar somente o por eles chamado humor inglês… 🙂

  16. Desculpe, o smile acima era para ser smile e não piscar de olho.

    Quanto à língua… eu cá não disse nada contra o facto de a língua de Shakespeare ser evidentemente uma das mais cultas e evoluídas do mundo. Estamos de pleno acordo aí.

    Quanto ao resto. E não é só na Língua

    Apresente-me qualquer coisa como uma prosa de António Vieira equivalente em inglês e naquele tempo.

  17. Perdão, acima deve estar: “quanto ao resto, mantenho”.

    Se tentar traduzir – mas traduzir mesmo, de forma a que os ingleses concebam o mesmo que José Marinho diz, e que nós portugueses concebemos:

    “O meu ser implica dois modos complemmentares, um que é o modo como sou o ser que está em mim, outro que é o modo como o ser que está em mim é.”

    Cumprimentos

Deixe um comentário