E agora, FN?
Posted by atrida em Segunda-feira, Janeiro 17, 2011
Pela primeira vez na sua história de quase quatro décadas o Front National mudou de líder! E foi uma sucessão quase dinástica, com Marine a suceder a Jean-Marie Le Pen, seu pai.
Muito se tem discutido sobre o novo rumo que o FN liderado por Marine poderá ter. O seu discurso nuanceado, menos agressivo no que diz respeito à imigração, mas igualmente combativo face ao Islão tem deliciado uma certa intelligentsia judaica, ao passo que esta postura mais “moderna”, menos ideológica e mais “tolerante” tem granjeado muitas simpatias junto dos eleitores da UMP. E quem sabe mesmo se mais à esquerda, se considerarmos a forma infeliz como Marine parece ter abdicado de condenar a lei Weil que liberalizou o aborto na primeira metade da década de setenta.
Bruno Gollnisch, o candidato derrotado, encarna uma maior firmeza ideológica (ou, para ser mais exacto, alguma ideologia!) e, porque não dizê-lo, a coragem de quem não actualiza o discurso para ganhar as boas graças do sistema e granjear mais popularidade. Não seria candidato para entrar em alianças eleitorais com a UMP e tal simboliza o paradoxo da chamada extrema-direita: ou manter-se fiel às suas convicções, custe o que custar, ou encetar uma mudança de discurso e, inevitavelmente, transformar-se em mais uma peça da engrenagem do sistema. Algo que Marine Le Pen, tudo o indica, se prepara para assumir.
Nonas said
FN = F(I)N
Fini = Finito
Duas tristes realidades!
Fini acabou com o MSI em Itália e a Marine é o fim da FN em França e Jerusalém ri-se…
Maria said
Devagar, devagarinho, “Eles” levam sempre a água ao seu moínho. É o que se tem visto em quase toda a Europa. Se o que está a acontecer com Marine é o que preconiza no seu escrito, então a FN vai de mal a pior. Aproximam-se nuvens carregadas sobre os franceses e por extensão sobre a França.
Maria
O Reaccionário said
Bom, não sei se será o fim da FN. Aquilo que sei é que a FN inicia um processo de transformação, mas isso não significa necessariamente o seu fim. Por exemplo, o Partido da Liberdade holandês (sionista) tem vindo a ter muito sucesso, também graças à influência dos judeus.
pvnam said
—> A FN situou-se mal na conjuntura…
– PONTO Nº 1: A Superclasse (alta finança internacional) ambiciona um Neofeudalismo… consequentemente, a Superclasse pretende “dividir/dissolver Identidades para reinar”… [nota: a Superclasse controla os Media, e não só…]
– PONTO Nº 2: A Esquerda não-Identitária e a Direita não-Identitária são MARIONETAS ao serviço da Superclasse.
– PONTO Nº 3: Não podemos permitir que a Esquerda não-Identitária e a Direita não-Identitária efectuem uma ‘eucaliptização’ o discurso… visto que… poderão existir uma Esquerda Identitária e uma Direita Identitária.
ANEXO:
-> Os não-nativos JÁ NATURALIZADOS estão com uma demografia imparável em relação aos nativos…
-> Só os nacionalistas parvinhos-à-Sérvia é que não vêem o óbvio: com o desmoronamento da base sociológica que esteve na sua base… uma Identidade está condenada ao CAIXOTE DO LIXO da História!
pedro guedes said
Calma! Entre o provável e o possível vai uma distância bastante grande e a comparação com o que se passou em Itália é capaz de ser um bocado exagerada (não é possível comparar as duas situações, o MSI esteve sempre anos-luz à frente da FN em termos de rigor doutrinário e nunca a “imigração” – tout court – por lá assumiu a importância que sempre teve no discurso do FN).
Vamos ver os próximos meses, para já as sondagens são muito interessantes.
pedro guedes said
Adenda:
http://www.lemonde.fr/politique/chat/2011/01/18/le-front-national-va-t-il-changer_1467034_823448.html#ens_id=1404433
Flávio Gonçalves said
Bom, eu sendo “Marinista” ‘da sempre’ não entendo a preocupação… sim, já não é racista, sim, não é anti-semita, mas isso alguma vez teve a ver com política? Racista e anti-semita pode ser qualquer um, até muitos comunistas e anarquistas que conheço.