“Change!” A palavra mágica obamiana encheu os ouvidos dos norte-americanos e não só durante a campanha eleitoral que conduziu Barack Obama à presidência dos EUA. Numa campanha mediática a nível mundial sem precedentes na história da humanidade, de verdadeiro culto da personalidade à boa maneira do culto a Estaline e a Mao-Tsé-Tung, um político de que pouco se sabia (inclusive sobre as suas origens…) é conduzido ao pináculo da política norte-americana.
As massas mundiais exultaram de alegria ao mote da “mudança”. Pelas faces dos escravos modernos aljofararam lágrimas de incontida emoção! Se é certo que mais de metade das pessoas que acompanham a política mundial estava farta do consulado de Bush Jr., não deixa de ser espantosa a unanimidade em torno de alguém que, para chegar onde chegou, só pode ter feito compromissos que, convenhamos, desde logo impossibilitam ou dificultam em muito a tal “mudança”.
Isso vê-se em particular na política externa. Nada de novo no Afeganistão, nadinha de novo no Médio Oriente (Palestina e Irão). E, como excelente exemplo da pusilanimidade destes políticos actuais, tão cheios de verborreia quanto são desprovidos de verdadeiras ideias e princípios, este facto: «é a primeira vez, em 18 anos, que o Dalai Lama não reúne com o chefe da Casa Branca durante as visitas a Washington».
Em alguma coisa Obama teria que se mostrar original…