Lembram-se do artista Madaíl, aquele jornaleiro do Diário de Notícias que falava do fundador da Falange e ditador Primo de Rivera, confundindo grosseiramente o pai Miguel e o filho José Antonio? Pois na própria Espanha, e num dos poucos jornais do sistema que se consegue ler, o El Mundo (que, por exemplo, fez um trabalho notável de divulgação das incoerências da versão oficial dos atentados de 11 de Março), se fala também do “ditador” José Antonio Primo de Rivera, a propósito do seu apelo a que os bascos não se deixassem iludir pelos discursos nacionalistas!
É caso para dizer que na Espanha zapaterista, onde se derrubam estátuas do franquismo pela calada da noite e onde se aprovam leis ditas de memória histórica, a amnésia histórica vai bem e recomenda-se.